Precisamos
depender do Espírito de Deus em nossos resultados. Nenhum homem dentre nós
realmente acha que poderia regenerar uma alma. Não somos tão tolos a ponto de
reivindicar poder para mudar um coração de pedra. Talvez não ousemos presumir
algo tão grandioso, contudo, podemos achar que, pela nossa experiência, podemos
ajudar as pessoas a passar por suas dificuldades espirituais. Será que podemos?
Podemos ter esperança que nosso entusiasmo mova a igreja viva diante de nós e
empurre o mundo morto para trás de nós. Isso pode acontecer? Quem sabe,
imaginamos que se pudéssemos apenas conseguir um avivamento, poderíamos
facilmente assegurar um grande acréscimo à igreja? Vale à pena conseguir um
avivamento? Os verdadeiros avivamentos não são presenteados?
Podemos
nos persuadir que tambores e trompetes e gritos farão muito. No entanto, meus
irmãos, "o SENHOR não estava no vento" (1Rs 19.11). Resultados que
valem à pena vêm daquele silencioso, mas onipotente Obreiro, cujo nome é o
Espírito de Deus: nele, e somente nele, precisamos confiar para a conversão de
uma única criança da escola dominical e para todo avivamento genuíno. Devemos
olhar para ele para conservar nosso povo junto e edificá-los em um templo
santo. O Espírito poderia dizer, assim como disse nosso Senhor: "Sem mim
vocês não podem fazer coisa alguma" (Jo 15.5).
O
que é a igreja de Deus sem o Espírito Santo? O que seria o Hermom sem o orvalho
ou o Egito sem o Nilo? Veja a terra de Canaã, quando a maldição de Elias caiu
sobre ela, por três anos não sentiu orvalho nem chuva: assim seria o
cristianismo sem o Espírito. O que os vales seriam sem seus córregos, ou as
cidades sem seus poços, o que os campos de milho seriam sem o sol, ou a safra
de vinho sem o verão--assim seriam nossas igrejas sem o Espírito. Como não
podemos pensar no dia sem luz, na vida sem respiração, no céu sem Deus, também
não podemos pensar no culto cristão sem o Espírito Santo.
Nada
pode substituí-lo: os pastos são um deserto, os campos frutíferos são áridos, o
Sarom definha e o Carmelo é consumido pelo fogo. Bendito Espírito do Senhor,
perdoa-nos por tê-lo desprezado, por tê-lo esquecido, por nosso orgulho
auto-suficiente, por resistir a sua influência e apagar seu fogo! Daqui em
diante opere em nós de acordo com sua excelência. Faça nosso coração ternamente
impressionável, depois nos faça como cera para o sinete e estampe em nós a
imagem do Filho de Deus. Com tal oração e confissão de fé, deixe-nos perseguir
nosso objetivo no poder do bom Espírito de quem falamos.
O
que o Espírito Santo faz? Amado, que boa ação ele não faz? Ele desperta,
convence, ilumina, limpa, guia, preserva, consola, confirma, aperfeiçoa e usa.
Quanto pode ser dito de cada uma dessas ações! É ele quem opera em nós para o
querer e o fazer. Ele que operou todas as coisas é Deus. Glória seja dada ao
Espírito Santo por tudo que realizou em naturezas tão pobres e imperfeitas como
a nossa! Nada podemos fazer à parte da seiva de vida que flui para nós de
Jesus, a Videira. Aquilo que é de nós mesmos só serve para nos causar vergonha
e confusão. Não damos um passo em direção ao céu sem o Espírito Santo. Não
guiamos outros para o caminho do céu sem o Espírito Santo. Não temos nenhum
pensamento aceitável, nem palavra, nem ato sem o Espírito Santo. Mesmo o
levantar dos olhos e da esperança ou a oração exclamatória que exprime o desejo
do coração deve ser obra dele. Todas as coisas boas, do começo ao fim, vêm dele
e por meio dele. Não há risco de exagero aqui. Contudo, será que traduzimos
essa convicção em nossa conduta atual?
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