“Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa.Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos.Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR”.
Salmos 150:1-6
O
primeiro Salmo e o último têm o mesmo número de versículos, e os dois são
curtos e memoráveis; porém, o objetivo dos mesmos é mui distinto; o primeiro
Salmo é uma instrução elaborada com respeito ao novo dever, a fim de nos
preparar para os confortos de nossa devoção; este é todo êxtase e arrebatamento,
e talvez foi escrito com o propósito de ser uma conclusão destes cânticos
sagrados, para mostrar qual é o desígnio de todos eles, a saber, o de nos
ajudar na adoração a Deus — Matthew Henry.
Verso 2. Louvai-o
conforme a excelência da sua grandeza. Não há nada que seja pequeno no que
se refere a Deus, e não já nada grande aparte dEle. Se tivéssemos sempre o
cuidado de fazer nossa adoração apta e apropriada para nosso grande Senhor,
quando melhor cantaríamos! Com quanta mais reverência deveríamos adorar! Suas
proezas excelentes requerem uma adoração excelente — C.H.S.
Verso 4. Louvai-o
com instrumentos de cordas e com flauta. Muitos homens, muitas mentes, e
estas tão diferentes como instrumentos de cordas e flautas; porém, só há um
Deus, e a este Deus todos nós devemos adorar. As flautas eram instrumentos de
sopro de vários tipos, e os piedosos pastores as usavam para engrandecer ao Seu
Deus — C.H.S.
Verso 3, 4, 5. Como disse Santo Agostinho sobre
estes versículos: «Não se omite aqui
nenhuma classe de faculdade. Todas estão alistadas na adoração a Deus». O
sopro é empregado para soprar a trombeta; os dedos são usados nos instrumentos
de cordas como o saltério e a harpa; e a mão inteira é empregada para golpear o
adufe; os pés para se mover na dança; há instrumentos de corda; há o órgão (o
ugab, syrinx) composto de muitos tubos, impondo combinação, e os címbalos, que
ressoavam um sobre o outro — C. Wordsworth.
A
pluralidade e a variedade destes instrumentos eram apropriadas para representar
as diversas condições do homem espiritual, e a grandeza do gozo que se encontra
em Deus, e para ensinar que o estímulo há de fazer dos afetos e potências de
nossa alma, e de um para com o outro, para a adoração a Deus; que harmonia deve
haver entre os que adoram a Deus, que melodia deve entoar cada um ao cantar a
Deus com graça em seu coração, e para mostrar a excelência do louvor a Deus,
que nenhum instrumento, ou meio de expressão qualquer, pode proclamar de modo
suficiente — David Dickson.
Patrick
tem uma nota interessante sobre os muitos instrumentos de música do Salmo 149,
que podemos citar aqui: «Os antigos habitantes da Etruria usavam a trombeta; os
arcádios, a buzina; os sicilianos, o pandeiro; os da Grécia, a harpa; os
trácios, a corneta; os lacedemonios, a flauta; os egípcios, o tambor; os
árabes, o címbalo (Clem. Paedag. ii. 4.)». Não podemos dizer que nesta
enumeração de instrumentos musicais do Salmo há uma referência à variedade
entre os homens no modo de expressar o gozo e estimular o sentimento? — Andrew
A. Bonar.
Verso 3, 4, 5. Tudo quanto tem fôlego louve ao
Senhor. «Que tudo o que respira O louve»; isto é, todo ser vivo. Ele lhes deu
fôlego; que este fôlego se transforme em louvor a Ele. Seu nome está composto
no hebraico mais de fôlego do que de letras, para mostrar que todo fôlego
provém dEle; portanto, que se use para Ele. Unamo-nos todas as criaturas
viventes, no Salmo eterno. Pequenas ou grandes, não retenhamos nosso louvor.
Que dia será quando todas as coisas, em todos os lugares, se unirem para
glorificar ao único Deus vivo e verdadeiro! Este será o triunfo final da igreja
de Deus — C.H.S.
Não
há nada no Saltério mais majestoso ou mais formoso que este breve, porém
significativo, final, no qual predomina a solenidade no tom, sem perturbar em
nada o entusiasmo e alegria que a conclusão do Saltério tem por desígnio produzir,
como se fosse uma alusão simbólica ao triunfo que espera a igreja e a todos
seus membros quando, depois de muitas tribulações, entrarem em seu descanso —
Joseph Addison Alexander.
Aleluia!
Louvai ao Senhor. Uma vez mais, «Aleluia!». Assim termina o Salmo com uma nota
de louvor; e assim termina o Livro dos Salmos com umas palavras de adoração
extática. Leitor, não queres fazer uma pausa e adorar ao Senhor teu Deus?
Aleluia! — C.H.S.
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