“Pois tive vergonha de
pedir ao rei uma escolta de soldados, e cavaleiros para nos defenderem do
inimigo pelo caminho, porquanto havíamos dito ao rei: A mão do nosso Deus é
sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira
estão contra todos os que o deixam”
Esdras 8:22
Uma escolta em muitos
aspectos teria sido desejável para o grupo de viajantes, mas um santo
sentimento de vergonha não permitiria que Esdras procurasse uma. Ele temia que
o rei pagão pensasse que sua declaração de fé em Deus fosse mera hipocrisia, ou
imaginasse que o Deus de Israel não fosse capaz de proteger Seus próprios
adoradores.
Ele não poderia deixar
sua mente confiar no braço da carne (ver II Cr. 32:8) numa questão evidentemente do Senhor e,
assim, a caravana inicia sua jornada sem proteção visível, guardada por Aquele
que é a espada e o escudo de Seu povo. Receio que poucos crentes sintam este
zelo santo por Deus; mesmo aqueles que de certa forma andam pela fé,
ocasionalmente estragam o brilho de sua vida ao suplicar o auxílio dos homens.
Não existe maior bênção
que não ter qualquer apoio ou suporte, a não ser ficar direto na Rocha Eterna,
sustentado somente pelo Senhor. Buscariam os crentes doações para suas igrejas
se eles se lembrassem que o Senhor é desonrado ao pedirem socorro a César? Como
se o Senhor não pudesse suprir as necessidades de Sua própria causa!
Recorreríamos tão
rapidamente à ajuda de amigos e familiares se nos lembrássemos que o Senhor é
glorificado pela nossa confiança absoluta em Seu braço? Ó minh´alma, espera só
em Deus. "Mas", alguém diz, "os meios não podem serem
usados?" É claro que podem; mas nossos erros raramente consistem em sua
negligência: na maior parte das vezes florescem da tolice de crer nos meios em
vez de crer em Deus.
Poucos fogem, não
confiando tanto na ajuda humana; no entanto, muitos pecam muito ao dar-lhe
demasiada importância. Aprenda, querido leitor, a glorificar o Senhor por
recusar valer-se dos meios, se, ao utilizá-los, vier a desonrar o nome do
Senhor.
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