E
caindo em si, desatou a chorar.
Marcos
14.72
Alguns pensam que enquanto
Pedro viveu, lágrimas jorravam de seus olhos, quando ele se recordava de como
negara o seu Senhor. Talvez seja verdade, porque o pecado dele foi enorme e a
graça de Deus realizou, posteriormente, uma obra perfeita nele. Esta
experiência é comum a todos os membros da família dos redimidos, de acordo com
o grau com que o Espírito de Deus removeu o coração natural, o coração de
pedra.
Assim como o apóstolo
Pedro, lembramos nossa arrogante promessa: "Ainda que venhas a ser um
tropeço para todos, nunca o serás para mim" (Mateus 26.33). Nós engolimos
nossas próprias palavras, junto às ervas amargas de arrependimento. Quando
pensamos nos votos que declaramos e no que temos realmente cumprido, devemos
chorar com profusas lágrimas de tristeza. Ele pensou sobre a sua atitude de
negar seu Senhor: o local onde o fez, a razão insignificante para tal
horripilante pecado, os juramentos e blasfêmias com os quais buscou confirmar
sua falsidade, e a terrível dureza de coração que o levou a fazer tal coisa
nova e novamente.
Ao lembrarmos de nossos
pecados e de sua excessiva malignidade, como podemos continuar em obstinação e
apatia? Clamamos nós ao Senhor por nova garantia de amor perdoador? Oh! Que
jamais tenhamos olhos insensíveis para com o pecado, a menos que desejemos ser,
em breve, consumidos pelas chamas do inferno! Pedro pensou a respeito do olhar
amável do Senhor Jesus. O Senhor acompanhou a voz de advertência do galo, com
um olhar admoestador de pesar, compaixão e amor. Aquele olhar do Senhor nunca
saiu da mente de Pedro, enquanto ele viveu, e foi mais eficaz do que milhares
de sermões teriam sido sem o Espírito Santo. O apóstolo arrependido choraria,
com certeza, quando se lembrasse do completo perdão do Salvador, que o
restaurou à sua posição anterior. Pensar que temos ofendido um Senhor tão bom e
tão amável é uma razão mais do que suficiente para chorarmos constantemente. Ó
Senhor, quebranta nosso coração de pedra e faze as lágrimas fluírem.
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