Os
retos te amam.
Cântico
dos Cânticos l.4
Os crentes amam a Jesus
com uma afeição mais profunda do que a que ousam tributar a qualquer outro ser.
Eles prefeririam perder o pai e a mãe a separarem-se de Cristo. Eles seguram
todas as consolações deste mundo com pouca firmeza; mas levam a Jesus trancado
no coração deles. Os crentes negam voluntariamente a si mesmos por amor a
Jesus; então, eles não poderão ser impelidos a negá-Lo. É somente o amor raso
que o fogo da perseguição pode esgotar. O amor do crente verdadeiro é uma fonte
mais profunda do que isto.
Os homens têm se
esforçado para separar o crente do seu Senhor, mas suas tentativas têm se
mostrado infrutíferas em todas as épocas. Nem coroas de honra, nem carrancas de
ira têm desfeito este nó górdío. Este amor não é uma atração diária que o mundo
é capaz de dissolver. Nem homens, nem demônios têm encontrado uma chave que
abre esta fechadura.
A esperteza de Satanás
nunca se mostrou tão ineficiente quanto em suas investidas para romper esta
união de dois corações fundidos por Deus. Está escrito: "Os retos te
amam"; e nada pode anular esta afirmação. No entanto, a intensidade do
amor dos crentes não deve ser julgada pelo que aparenta, e sim por aquilo que o
crente anela. Nosso lamento diário é não podermos amar o suficiente. Se
tão-somente nosso coração fosse capaz de reter mais e alcançar mais do amor de
Cristo. Como Samuel Rutherford, suspiramos e exclamamos: "Oh, se
tivéssemos uma quantia de amor que fosse suficiente para rodear a terra, e
cobrir o céu — sim, o céu dos céus e dez mil mundos — para que pudéssemos
derramar tudo sobre o formoso Cristo". É uma pena que o máximo que
conseguimos amar seja como a medida de um palmo, e que nossa afeição seja
apenas uma gota num balde, em comparação com o que Ele merece. Oh! se
pudéssemos dar todo o amor de nosso coração, em grande medida, Aquele que é
"totalmente desejável" (Cântico dos Cânticos 5.16).
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