" Sobreveio a lei
para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a
graça,"-Romanos 5:20.
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1.
Primeiro de tudo, a lei nos diz que
muitas coisas são pecados que nunca seriam assim consideradas, se não fosse
pela luz adicional que ela, lei acrescenta, porque. mesmo com a luz da
natureza, e a luz da consciência, e a luz da tradição, há algumas coisas que
nunca creríamos que fossem pecados se não tivéssemos sido ensinados assim pela
lei. Agora, qual homem, pela luz da consciência, iria santificar o dia de
sábado, supondo-se que ele nunca leu a Bíblia, e que nunca ouviu falar dela? Se
ele viveu numa ilha dos Mares do Sul ele poderia saber que havia um Deus, mas
não, por qualquer possibilidade, poderia descobrir que a sétima parte do seu
tempo deveria ser separada para Deus.
Descobrimos que há
certos festivais entre os pagãos, e que eles separam dias em honra de seus
deuses imaginários, mas eu gostaria de saber como eles poderiam descobrir que
havia um certo sétimo dia para ser consagrado a Deus, para gastar o tempo em
sua casa de oração. Como eles poderiam?, a não ser pela tradição transmitida
por gerações quanto à consagração original daquele dia pelo Senhor criador. Eu
não posso conceber que seja possível que qualquer consciência ou razão poderia
lhes ter ensinado um mandamento como este: Lembre-se do dia de sábado para o
santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é
o sábado do Senhor teu Deus, nele não farás trabalho algum, nem tu, nem teu
filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva , nem o teu animal, nem o
teu estrangeiro que está dentro das tuas portas." Além disso, se no termo
"lei" compreendermos o ritual cerimonial, podemos ver claramente que
muitas coisas, que na aparência, são completamente indiferentes, foram por ele
constituídas pecados. O consumo de animais que não ruminam e têm o casco
dividido, o contato com um leproso, e com milhares de outras coisas, todos
parecem não serem pecados em si, mas a lei os considerava pecados, e assim fez
a ofensa abundar.
Para fixar nas pessoas
do Seu povo a noção de que há coisas puras e impuras Deus estabeleceu tais
distinções na Lei que deu a Israel através de Moisés, quanto ao uso de
alimentos, vestuário e em muitas outras situações, de modo que os homens
viessem também a distinguir neles próprios as fontes e atitudes relativas ao
que é bom, que procedem de uma alma santa, justa, pura, misericordiosa,que ama
e que é obediente, e ao que é mau, que procedem de uma alma ímpia, injusta,
impura, implacável, que odeia e que é rebelde.
E uma vez atingido tal
propósito didático da Lei, coincidindo com a vinda de Cristo, tais prescrições
cerimoniais ilustrativas foram abolidas, por já terem colocado sob a sua luz as
inclinações pecaminosas que existem nos corações de todos os homens,
convencendo-lhes que são de fato transgressores dos mandamentos de Deus, por
causa do princípio mau que existe em seus corações, chamado pecado.
É um fato que você pode
verificar, olhando para o funcionamento de sua própria mente, que a lei tem uma
tendência a tornar os homens rebeldes. A natureza humana se levanta contra a
restrição. Eu não conheceria a concupiscência se a lei não dissesse: "Não
cobiçarás". A depravação do homem é excitada para a rebelião pela
promulgação de leis. Tão maus somos nós, que concebemos o desejo de cometer um
ato, simplesmente porque é proibido. As crianças, todos nós sabemos, como
regra, sempre desejam o que não podem ter, e se são proibidas de tocar em algo,
irão fazê-lo quando se lhes deparar uma oportunidade, ou por muito tempo se for
possível fazê-lo. A mesma tendência qualquer estudante da natureza humana pode
discernir na humanidade em geral. Está então a lei associada com o meu pecado?
Deus me livre!!! "Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em
mim toda a concupiscência. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento me
enganou, e por ele me matou." Romanos 7:7,8,11.
A lei é santa, e justa,
e boa, ela não tem defeito, mas o pecado a usa como uma ocasião de ofensa, e
rebelião, quando deve ser obedecida. Agostinho colocou a verdade numa luz clara
quando escreveu "A lei não é falha, mas sim a nossa natureza má e
perversa, assim como um monte de cal que está quieto e silencioso até que a água
seja despejada nele, e então ele começa a fumegar e a queimar, não por culpa da
água, mas da natureza e tipo da cal que não vai suportá-la. " Assim, você
vê, este é um segundo sentido em que a entrada da lei fez com que a ofensa
abundasse.
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