Deus é Jeová e Ele não
muda em Sua essência. Não somos capazes de lhes dizer o que a Deidade é. Não
sabemos qual é a substância dAquele que chamamos Deus. É uma existência, é um
ser; mas o que Ele é, nós não sabemos. Entretanto, seja o que for, chamamos isso
de Sua essência e essa essência nunca muda.
A substância das coisas
mortais sempre muda. As montanhas com seus topos brancos de neve perdem seus
velhos diademas no verão em rios que correm ao pé delas, enquanto nuvens de
tempestade os coroam; o oceano, com suas poderosas marés, perde sua água quando
os raios de sol beijam as ondas e as arrebata em evaporação para o céu; até
mesmo o sol necessita de combustível novo da mão do infinito Todo-poderoso para
encher o seu eterno forno ardente. Todas as criaturas mudam.
O homem, especialmente
em seu corpo, está sempre sofrendo revolução. Muito provavelmente, não existe
uma única partícula em meu corpo que esteve nele alguns anos atrás. Este corpo
tem sido gasto pela atividade, seus átomos têm sido removidos através de
fricção, partículas novas de matéria têm, nesse ínterim, constantemente se
acumulado em meu corpo, e assim tem sido reabastecido; mas sua substância é
alterada.
O material do qual este
mundo é feito está em decadência; como um fluxo de água, as gotas estão caindo
e outras vindo atrás, ainda que mantendo o rio cheio, porém sempre mudando os
seus elementos. Contudo, Deus é perpetuamente o mesmo. Ele não é composto de
qualquer substância ou matéria, mas é espírito - puro, essencial e etéreo
espírito - e por isso é imutável.
Ele permanece para
sempre o mesmo. Não há nenhuma ruga em Sua eterna testa. Nenhuma época O
paralisou; nenhum ano O marcou com recordações passageiras; Ele vê as eras
passarem, mas com Ele está sempre o agora. Ele é o grande Eu sou - o Grande
Imutável. Lembre-se, a essência dEle não sofreu nenhuma mudança quando se
tornou unido com a natureza humana. Quando Cristo outrora cingiu-Se com barro
mortal, a essência da deidade dEle não foi mudada; a carne não se tornou Deus,
nem Deus Se tornou carne por uma mudança real de natureza; as duas naturezas
estavam unidas numa união hipostática, entre tanto a Deidade ainda era a mesma.
Era a mesma quando Ele era um bebê na manjedoura, como quando Ele estendeu as
cortinas do céu; era o mesmo Deus que foi pregado na cruz e cujo sangue fluiu
abaixo num rio escarlate, o mesmo Deus que sustenta o mundo com Seus eternos
ombros e mantém em Suas mãos as chaves da morte e do inferno.
Ele nunca mudou na Sua
essência, nem mesmo pela Sua encarnação; Ele permanece sempiterno, eternamente,
o único Deus imutável, o Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de
variação (Tiago 1:18).
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