Tens
feito bem a teu servo, ó Senhor, segunda tua palavra.
Salmo
119.65
Este é o sumário de sua
vida, da vida de Davi, e com certeza é o de nossa própria vida. O salmista dá
ao Senhor o veredicto de seu coração. Ele não pode ficar em silêncio, e tem de
expressar sua gratidão na presença de Jeová, seu Deus.
A luz da bondade
universal de Deus na natureza, no versículo 64 (“A terra, ó Senhor, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus
estatutos.” - Salmos 119:64), é um passo simples e agradável a uma
confissão da invariável bondade do Senhor para com nossa personalidade. E algo
com que Deus por fim terá que tratar com cada um de nós, seres insignificantes
e destituídos de méritos. E seu trato conosco é muitíssimo bom,
maravilhosamente bom.
Ele fez todas as coisas
bem; não há exceção nesta regra. Ao providenciar, ao agraciar, ao proporcionar
prosperidade e ao enviar adversidade, em tudo isso Jeová nos tem tratado bem. E
agir bem de nossa parte dizer ao Senhor que sentimos que ele tem agido bem em
relação a nós. Pois tal louvor é especialmente oportuno e conveniente.
Essa bondade do Senhor
não é de forma alguma casual. Ele prometeu agir assim, e o tem cumprido segundo
sua palavra. E muitíssimo precioso ver a palavra do Senhor sendo cumprida em
nossa ditosa experiência. Ela faz com que a Escritura se nos torne muitíssimo
valiosa e nos leva a amar o Senhor da Escritura. O livro da Providência
corresponde ao livro da Promessa. O que lemos na página da inspiração
encontramos nas folhas da história de nossa vida.
Nem imaginávamos que
fosse assim; mas nossa incredulidade é desfeita assim que vemos a misericórdia
do Senhor em nosso favor e sua fidelidade para com sua Palavra. Doravante nos
vemos forçados a exibir uma fé mais sólida, tanto em Deus quanto em sua
promessa. O mesmo que falou fielmente também age fielmente. Ele é o melhor dos
senhores; pois é em favor de servos por demais indignos e incapazes que ele age
assim tão graciosamente.
Não é esta, porventura,
a causa de nos deleitarmos mais e mais em seu serviço? Não podemos dizer que
temos tratado corretamente nosso Senhor; pois quando tivermos feito tudo, ainda
seremos servos inúteis. No caso de nosso Senhor, porém, ele nos tem dado trabalho
leve, proteção sobeja, encorajamento amoroso e salários liberais. Porventura
nos surpreende se ele há muito tempo nos haja desobrigado, ou, pelo menos,
reduziu nossas porções e nos tratou asperamente? Contudo não temos sofrido maus
tratos; tudo tem sido ordenado com tanta consideração, como se tivéssemos
prestado perfeita obediência. Temos tido pão suficiente e até de sobra; nossa
vida tem sido suprida e seu serviço nos tem enobrecido e nos feito felizes como
reis. Não temos motivo algum para queixa. Entregamo-nos a ações de graças adorativas
e nos achamos outra vez ocupados em render graças.
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