Meditação no sermão 316 – Pregado na manhã de
Domingo, 20 de Maio de 1860
“Tu
lançaste todos os meus pecados para trás das tuas costas.”
Isaías 38:17
Leitura sugerida: Salmo
32
Somos salvos pela fé e
não pelo sentimento. “Nós andamos por fé e não por vista.” No entanto, há tanta
conexão entre fé e sentimento sagrado, como há entre a raiz e a flor. A fé é
permanente, assim como a raiz está sempre no chão; sentimento é casual, e tem
suas temporadas. Assim como a flor nem sempre aparece em cima da haste verde; ou
quando aparece, não aparece em abundância.
A fé é a árvore, a
árvore essencial; nossos sentimentos são como essa árvore aparece durante as
diferentes estações do ano. Às vezes a nossa alma está cheia de flores, e as
abelhas zumbindo agradavelmente, e recolhem o mel dentro de nossos corações. É quando
então os nossos sentimentos dão testemunho da vida de nossa fé, assim como os
botões dão testemunho da primavera através da vida da árvore.
Chega o momento que
nossos sentimentos reúnem ainda maior vigor e chegamos ao verão de nossas
delícias. Mas há momentos em que começamos a murchar nas folhas secas e
amarelas do outono. Mas talvez cheguemos
ao inverno do nosso desânimo e o desespero vai despindo cada folha da árvore, e
nossa pobre fé se ergue como uma haste pobre, sem um sinal de verdor.
E, no entanto, meus
irmãos, enquanto a árvore da fé está lá somos salvos. Se há flor (doces
sentimentos) na fé ou não, se dá fruto alegre em nossa experiência ou não,
desde que esteja lá em toda a sua permanência, somos salvos. No entanto,
devemos com toda razão ficar atentos e desconfiados sobre a vida de nossa fé,
se muitas vezes não florescer com alegria, e não der o fruto da santificação.
MEDITAÇÃO:
A verdadeira alegria não pode existir sem a fé salvadora (1 Pedro 1:8-9 ), mas às vezes a nossa salvação precisa ter sua
alegria restaurada (Salmo 51:12 ).
0 comentários:
Postar um comentário