Esta foi a oração de
Davi: “Também da soberba guarda o teu servo” - Salmos 19.13 – Davi orou assim,
ele, o homem segundo o coração de Deus (ver Atos 13.22). Se Davi precisou orar
desta maneira, nós, bebês na graça divina, temos de orar muito mais! Era como
se Davi estivesse dizendo: "Guarda-me ou correrei apressada e
impetuosamente para o precipício do pecado". Nossa natureza má, à
semelhança de um cavalo mal dominado, é tentada a afastar-se rapidamente do
caminho.
Que a graça coloque em
nós as rédeas, para que não nos precipitemos no engano. Não é agradável
imaginar o que os melhores de nós poderíamos fazer, se não houvesse os limites
que o Senhor nos outorga em sua providência e em sua graça! Mesmo as pessoas
mais santas precisam ser guardadas das mais vis transgressões. O apóstolo
advertiu solenemente os santos contra os mais repugnantes pecados. "Fazei,
pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva,
desejo maligno e a avareza, que é idolatria" (Colossenses 3.5).
Certamente você
tropeçará, se deixar de olhar para Aquele que é capaz de guardá-lo de cair no
pecado. Se o seu amor é intenso, a sua fé, constante, a sua esperança,
brilhante, não diga: "Eu nunca pecarei"; pelo contrário, você deve
clamar: "Não nos deixe cair em tentação". Existe muitas faíscas no
coração dos melhores dos homens, faíscas capazes de acender um fogo que arde
até ao inferno, a menos que Deus apague as chamas, quando esses homens caírem.
Hazael disse: "Que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes
coisas?" (2 Reis 8.13.) Somos inclinados a fazer esta mesma pergunta cheia
de justiça própria. Que a infinita sabedoria nos cure da tolice da
autoconfiança.
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